BNDES anuncia 25 filmes e amplia diversidade no audiovisual brasileiro
Edital de Cinema 2025 investirá R$ 15 milhões em longas de todas as regiões, reforçando pluralidade de temas e presença internacional das produções
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou no dia 18 de novembro os 25 projetos contemplados pelo Edital de Cinema 2025. Com recursos totais de R$ 15 milhões, cada produção receberá R$ 600 mil, valor condicionado à exibição das obras em salas de cinema ou plataformas de streaming ao longo de 2026.
A lista final reúne produtoras de todas as regiões do país, incluindo filmes vindos do Acre, do Distrito Federal, do Ceará, do Rio Grande do Sul e da Bahia. Os 25 títulos reunidos nesta edição abordam questões contemporâneas do Brasil por meio de múltiplos recortes narrativos. As produções tratam de temas como história nacional, preservação ambiental, resistência dos povos originários, etarismo, educação e democracia.
Dentre os documentários escolhidos, Raoni – A Voz da Floresta chama atenção por trazer a trajetória do cacique Raoni e por reunir nomes reconhecidos internacionalmente, reforçando a centralidade do Brasil no debate climático. Para o banco, as temáticas ambientais e sociais dialogam com a agenda estratégica do BNDES.
O presidente da instituição, Aloizio Mercadante, destacou a conexão das produções selecionadas com a atualidade e seu potencial de ampliar o alcance do cinema brasileiro no exterior. “São projetos que debatem temas urgentes da sociedade brasileira, promovem a diversidade de narrativas, a descentralização de histórias e a projeção internacional da nossa produção audiovisual, com filmes já selecionados para exibição em festivais internacionais importantes como Sundance, Roterdã e Berlin, e com potencial de circular por muitos outros”, declarou.
Veteranos, novos nomes e ousadia estética
A seleção contempla tanto realizadores e atores consagrados quanto talentos emergentes. Dentre os profissionais de destaques, estão Fernanda Montenegro, que integra o elenco de Velhos Bandidos, o diretor Carlos Saldanha no longa 100 Dias e o último trabalho de Cacá Diegues, Deus Ainda é Brasileiro.
O edital também valorizou obras que exploram narrativas pouco usuais na produção nacional, como ficção científica, horror e road movies, ampliando o espectro criativo e aprofundando o retrato do Brasil contemporâneo.
Categorias e projetos contemplados
O edital contava com cinco vagas para cada uma das cinco categorias: animação, documentário, ficção grande público, ficção destaque de crítica e selecionado em festival. Veja os escolhidos:
Animação
- Amadeo e o Hipotético Mundo Novo – Felistoque Cinema Ltda (DF)
- Malu Tatu – Caolha Filmes Ltda (GO)
- Vanunu e Toto-II - A Revolta das Águas – Gioconda Produções (SP)
- A Noite de Alaíde – Toca Filmes Ltda (BA)
- Ana, en Passant – Api Produções (MG)
Documentário
- Raoni - A Voz da Floresta – Grifa Produções (SP)
- O Sertão das Nossas Memórias – Taiga Filmes (RJ)
- O Ano em Que o Frevo Não Foi Pra Rua – Lira Filmes (SP)
- Escanteio – Anavilhana Filmes (MG)
- Sobre Memória e Esquecimento – Muiraquitã Filmes (SP)
Selecionado em Festival
- Yellow Cake – TM Produções (AC)
- Fiz Um Foguete Imaginando Que Você Vinha – Moçambique Audiovisual (CE)
- Futuro Futuro – Atelier W (RS)
- Criadas – Gato do Parque Cinematográfica (SP)
- Intervenção – Primo Filmes (SP)
Ficção Destaque de Crítica
- Pequenas Criaturas – Bananeira Filmes (RJ)
- Nova Éden – Grafo Audiovisual (PR)
- Eclipse – Mercúrio Produções (SP)
- Escola Sem Muros – Gullane Entretenimento (SP)
- Talismã – Vulcana Cinema (RS)
Ficção Grande Público
- 100 Dias – Querosene Produções (SP)
- Velhos Bandidos – Conspiração Filmes (RJ)
- Viver é Melhor Que Sonhar – Urca Filmes (RJ)
- Deus Ainda é Brasileiro – Filmes do Equador (RJ)
- Um Pai em Apuros – Neoplastique Entretenimento (SP)
